22.12.11

História de Campos Novos

Segundo a ADM de 2011 e seu belo video:

http://www.youtube.com/watch?v=oDB0ZaS_kFY&list=UUkj52c0T0wn8NRlbWfsb5eQ&index=1&feature=plcp

Campos Novos a Lenda.

A história de Campos Novos, tal como de todos os outros municípios que constituem o vasto Oeste Catarinense, tem os seus pródromos definidos nos instantes que marcaram as tentativas de colonização no sul do Brasil. Assim, procedente é a afirmação de que, antes de aparecerem, em 1650, as povoações de São Francisco, Desterro e Laguna (obra dos paulistas que lançaram ao mar à procura de novas aventuras), já o Oeste Catarinense sentia a aproximação dos espanhóis que, acompanhados dos jesuítas, percorriam a região existente entre o Iguaçu e o Uruguai. Depois, em 1663, o bandeirante Antônio Raposo Tavares andou por essas paragens e, aliado aos índios Coroados, encetou perseguição tenaz aos aldeamentos dos silvícolas, resultado do trabalho de catequese empreendido por aqueles sacerdotes. Até 1770, porém, ano em que desistiram de excursionar pelo sul, já que lhes despertou maior interesse o ouro de Goiás e Mato Grosso — os paulistas nada deixaram por estas plagas como, tentativas, ao menos de povoamento.
De certa forma a crônica histórica deste município começa a delinear-se com a expedição chefiada pelo major Atanagildo Martins que, guiada pelo índio Jongong, em 1814, tinha por objetivo entrar em contato com as missões. Ao ser desviada da rota traçada, dado o temor que os índios Guaranis provocaram em seu guia, essa expedição foi ter aos campos de Vacaria, após, certamente, ter pamilhado os campos em que hoje se encontra este município. Não padece dúvida, porém, que alguns fazendeiros, procedentes de Lages, por aqui já se encontravam definitivamente instalados no ano de 1839.
Foi João Gonçalves de Araújo, em Curitibanos, o descobridor de Campos Novos. Atraído pela fumaça das queimadas provocadas pelos índios, organizou uma expedição e rumou para a Serra do Espinilho. Assim sendo, estabeleceram-se na terra os primeiros povoadores, logo auxiliados na faina do povoamento por gaúchos fugidos da Guerra dos Farrapos. Dentre estes, Chico Ferro, Chivida e Miguel dos Anjos tiveram seus nomes ligados aos trabalhos de que resultaram esse município.
Os paulistas reapareceram em 1848, ocupando os campos de São Jorge e chegando até essas paragens. Aliás, ao lado dos forasteiros procedentes de Curitiba, Palmas, Lages, Guarapuava e dos campos do Rio Grande do Sul, se constituíram em elemento ponderável dentre os que mais contribuiram para estruturação da comunidade.
O início do povoamento não se deu exatamente onde se encontra, florescente, a cidade de Campos Novos. Antes, se processou em local distante um quilômetro da sede do município, à margem de regato. Foi Salvador Vieira que, se desviando da localidade em formação, levantou a primeira casa dentro dos contornos desta promissora cidade. Algum tempo depois, já delineada a povoação, Domingos Matos Cordeiro iniciou a construção da Igreja de São João Batista.
Pela Lei Provincial nº 377, de 16 de julho de 1854, o distrito de Campos Novos já existente há alguns anos, viu-se desmembrado da Vila de Nossa Senhora dos Prazeres para, então, constituir uma freguesia à parte. Foram suas autoridades o pernambucano João Fernandes Caripuna e Domiciano de Azevedo.
Em 1869, conforme a Lei nº 625, de 11 de junho, Campos Novos passou a constituir com Palmas e Curitibanos, o município de Curitibanos, recém-criado. Depois, com a Lei nº 625, de março de 1881, eis o distrito de Campos Novos elevado à categoria de município sob a denominação de São João de Campos Novos; na mesma ocasião a freguesia de Campos Novos passou a ser considerada vila.
Foi seu primeiro intendente o coronel Manoel Ferreira da Silva Farrapo.
Em 1893, com a incursão de revolucionários sob as ordens do Coronel Demétrio Ramos, o território do município sofreu novamente as consequências de uma guerra civil. A vila foi tomada de assalto na madrugada de 19 de maio daquele ano. Colhidos de surpresa, os defensores da praça, aliados entre moradores do local, refugiaram-se com suas famílias na casa do Coronel Henrique Rupp, que, por ser construída de material de primeira oferecia resistência aos invasores.
Organizada a resistência, coube ao Tenente-Coronel Atanázio de Matos, acompanhado de seis soldados, a missão de retomar a Intendência, conseguindo, com denodo, desalojar ali os revolucionários.
Travou-se, após nova luta, desta vez para desalojar os assaltantes da trincheira em que estavam localizados. Estes foram novamente derrotados, dando margem a uma retirada desordenada e à debandada de forças atacantes.
A defesa de Campos Novos custou a vida de cinco defensores tombados no cumprimento do dever.
Até o ano de 1933, o município de Campos Novos limitava com Lages, Curitibanos, Cruzeiro do Sul (atual Joaçaba), Porto União e Estado do Rio Grande do Sul. A sua superfície era, então, de aproximadamente 15 mil quilômetros quadrados. Em 25 de março de 1934, pelo Decreto nº 408, Campos Novos perdeu os distritos de Rio das Antas e Caçador; por volta de 1943, foi o seu território mais uma vez atingido, já que dele se apartaram os distritos de Herval, Rio Uruguai, Rio Bonito e Perdizes. Ao contrário, viu integrarem-se os distritos de Ipira e Ouro para, novamente, em 1949, perder os de Piratuba e Ipira, além de parte dos de Tupitinga, Capinzal e Ouro. Em 1997, Campos Novos perde mais uma parte de seu território, para a criação do município de Zortéa.
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